
A sua história remonta aos finais do séc. XIX, no entanto, o seu aparecimento como a conhecemos hoje dá-se a 13 de Novembro de 1985.
Foi fundada pelas Associações de Estudantes do Instituto Superior Técnico, do Instituto Superior de Agronomia, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, da Faculdade de Medicina, da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, da Faculdade de Farmácia, do Departamento de Arquitectura de Lisboa.
Surge na sua fase embrionária com o principal papel de organização de eventos de índole cultural e académica, nomeadamente, a apelidada “Semana Académica”. Estávamos num período conturbado, de constante mudança social e organizativa que acompanhava o período do pós-25 de Abril, onde a sobrevivência da representação e dos direitos estudantis eram dúvida constante e a necessidade de orientação e definição de um rumo eram imprescindíveis.
Nos cerca de 20 anos que se seguem, e por necessidade da própria estrutura académica do distrito, as suas competências são alargadas para a promoção da cooperação e apoio entre as diferentes Associações de Estudantes. Não só pelos dirigentes associativos que a compõem neste período, mas em particular pelo trabalho desenvolvido pela Associação Académica de Lisboa, o seu mérito, reputação e importância passam a ser reconhecidos pela sociedade civil e empresarial de todo o país. Prospera assente em processos eleitorais disputados, de debate, discussão, pluralidade de opiniões, mas acima de tudo de uma construção frenética de ideias.
Estávamos nos chamados “Golden Years”.
Infelizmente, a actual AAL atravessa um período nebuloso de descredibilização, desvalorização e desmotivação dos seus federados. As ideias que outrora abundavam não passam de meros pensamentos esquecidos, os debates, as discussões, por onde andam? As intervenções, a mobilização estudantil em torno de objectivos comuns para a defesa dos direitos dos estudantes, onde estão? No dia do acto eleitoral não existe um programa… que significa hoje a Académica? O que defendem eles?
Esta não é certamente a Académica de todos nós…
Que futuro esperar de uma Académica de costas voltadas para a maioria dos estudantes (≈160000), onde as direcções que a compõem representam meramente 12% destes. Onde estão as suas bases, as suas origens, os seus membros fundadores? Não duvidando das capacidades de algumas direcções representadas, mas sobre uma descrença profunda, resta-nos apenas a reflexão…
…será que o nosso futuro deve ser decidido assim?
Departamento Politica Educativa
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